Vitória ainda assustou benfiquistas de Penamacor
Pavilhão Municipal de Castelo Branco
Árbitros- Flávio Nunes e Paulo Abrantes
Vitória de Sernache- Fofinho, Luís Silva, Diogo Ferreira, Edgar Manso, Orlando Brito, Tiago Mota, Fábio Fagulha, Tiago Ferreira, Tiago Coluna, Vasco Mendes, Nuno Melo e Igor Ferreira
Treinador- António Joaquim
Casa do Benfica de Penamacor- Cadete, Arménio, João Cruto, Tiago, Pelly, Marquito, Gonçalo, Marcelino, Perry, João Costa, Ivo Gabriel e Lileu
Treinador- Bruno Travassos
Disciplina- Amarelo a Arménio aos 23
Marcadores- Diogo Ferreira aos 19 e 21, Fábio Fagulha aos 24, Tiago Mota aos 26 e Igor Ferreira aos 39; Tiago aos 3 e 25, Marquito aos 18, Arménio aos 25 e 29, Lileu aos 26 e Perry aos 37
Na final da Taça de Honra Carlos Ranito Xistra, apresentaram-se duas equipas com percursos diferentes no campeonato. De um lado a equipa penamacorense, com jogadores mais experientes, habituados a estas andanças, e que vai estar presente na fase final do nosso distrital. Do outro o Vitória, que terminou o campeonato na 5ª posição, com um grupo em fase de construção, já que esta é a primeira temporada de futsal no clube, e que cometeu a enorme proeza de eliminar o super-favorito Ladoeiro nas meias-finais.
Partindo destes pressupostos foi compreensível a toada do jogo nos minutos iniciais. Uma Casa do Benfica a mandar no jogo, a jogar sempre no meio terreno adversário, e uns vitorianos conscientes da mais valia adversária, a jogar muito organizados na sua defensiva para depois tentarem surpreender em contra-ataque, quase sempre lançados pelo guarda-redes Fofinho.
Mas logo aos 3 minutos os da Raia adiantaram-se no marcador por intermédio de Tiago e até aos 10 minutos ainda podiam ter ampliado a diferença, pois foi neste período em que foram mais dominadores.
A partir do meio da primeira parte o jogo inverteu-se. O Vitória, a jogar com mais velocidade, e depois de perder o “medo” inicial, soltou-se e começou então a criar muitas situações de perigo junto da baliza adversária. Nesta fase era a má pontaria ou as boas intervenções de Cadete que iam evitando que o empate voltasse ao marcador.
Mais emoção estava reservada para o derradeiro par de minutos. Marquito aumentou para 2-0 mas, praticamente na resposta, Diogo Ferreira respondeu, reduzindo para a margem mínima.
A primeira parte terminou com um golo do Vitória, que acabou por não ser considerado, e bem, pela dupla de arbitragem, uma vez que o “bip” final soou antes do remate de Fagulha.
Mas este lance acabou por servir de tónico para os vitorianos que logo no reatamento, parecendo que nem tinha passado o intervalo, entraram a carregar, resultando dessa pressão a merecida cambalhota no placard. Diogo Ferreira logo no primeiro minuto e Fagulha aos 4, foram os autores da proeza. Era um resultado que o Sernache fez por merecer, mesmo sabendo-se que ainda muito tempo havia por jogar.
E a verdade é que a equipa de António Joaquim acabou por não saber conviver com a vantagem. Quando se pedia circulação de bola e contra-ataques rápidos, os nervos e o cansaço acumulado, foram mais fortes, e acabou por ser de forma natural que a Casa do Benfica embalou para uma recta final forte, mostrando agora sim que é melhor equipa, que tem mais individualidades, levando o resultado até um 7-4 atenuado já no minuto final por Igor Ferreira.
Os penamacorenses levam a Taça, merecidamente, os vitorianos vão guardar a experiência de, logo no ano de estreia estarem num jogo que decide um troféu.
Arbitragem com erros mas sem influência o resultado final.